O Corte da Lâmina Negra
- “Michael Rex, esse é meu nome, meu pai se chamava Daimon Rex e minha mãe, Catherine Rex. Quando era pequeno, ao completar 5 anos, pedi um presente diferente aos meus pais. Queria aprender Kung Fu, não foi por nada trivial como: lutar, defender ou proteger. Apenas por que assisti um filme chinês antigo do Bruce Lee, simplesmente achei que seria legal. Eles concordaram, iriam contratar um professor, eu discordei na hora, não queria que um medíocre professor americano metido a Jack Chan me ensinasse, queria um mestre, um Jet Li, e o único local que eu sabia que iria ter um mestre de verdade seria na fonte daquela magnifica arte, China. Demorou um ano para convencer os meus pais, Brandon, “meu babá”, um autentico britânico de olhos azuis e cabelos loiros perdendo sua coloração, me acompanhou, na época ele tinha 36 anos, hoje tem 47, é a única pessoa com quem posso contar. Me distanciei do mundo, treinei em uma montanha com vários mestres que fizeram da minha vida durante 5 anos um inferno, o tempo que meus pais sobre protesto me deram foram de 10 anos para treinar, terminei o treino absoluto na metade do tempo, meu mestre, Quon Li, me presenteou com a arma mais poderosa já feita pelo homem, Chakram, uma arma milenar, desenvolvida na Ásia há mais de três mil anos. É um disco vazado no centro, feito de madeira, alguns são recobertos de metal que podem formar uma poderosa lamina. É lançado manualmente e, por ter bordas cortantes, ao bater nas lanças ou em outras armas, pode cortá-las. Como uma arma de combate imediato, pode facilmente matar um oponente. É uma arma de voo reto e que ricocheteia. Utilizando um metal indestrutível, 100 vezes mais forte que o ferro, só que pesando 6 vezes menos, pode se regenerar ao ser rasgado ou voltar ao formato original ao ser amassado, acabou tendo a forma parecida com o Chakran utilizada pela Xena, sua lamina é negra contornada de prata e ouro, capaz de cortar qualquer metal mais fraco que ele. A tradição do templo diz que, a arma só pode ser passada para aquele que o mestre achar digno de manuseá-la. Ele me escolheu, essa seria uma sabia decisão se, 5 anos depois eu não tivesse voltado para casa. Como que tinha ainda mais 5 anos de tempo, Brandon e eu fomos para o Japão aprender Kenjutsu, a arte de manusear a espada. Com minhas habilidades adquiridas no Kung Fu, terminei em 4 anos o treinamento, assim como meu mestre Quon, meu mestre samurai, Daiki Daisuke, me presenteou com uma Katana, uma espada japonesa, tem gume apenas de um lado, e sua lâmina é ligeiramente curva. Sua lamina é negra como a noite, sua superfície reflete ate a mais fraca luz, feita do mesmo metal do Chakram, é uma espada capaz de cortar metal, mas isso só é possível por aqueles que a tornam seu corpo e sua alma, o objetivo de seu mestre se torna seu objetivo. Nove anos se passaram desde que eu parti em minha jornada. Meu pai, considerado um dos homens mais rico do mundo, estando ente o top 10, criou vários inimigos tentando fazer a coisa certa, não se intimidando por ameaças, não recuando em suas decisões de ajudar os mais necessitados. A inveja e a ganância o cercaram e o baniram deste mundo junto com a minha mãe. Brandon me levou ate o cemitério aonde eles haviam sido enterrados, estava chovendo naquele dia, o dia que destruiu toda a bondade que havia dentro de mim, havia perdido qualquer sentido de viver. Meus pais haviam construído uma mansão no bairro de Manhasset em Nassau County. Malvino Marshal, presidente das Indústrias Rex e meu tutor escolhido pelo juiz, pelo menos ate eu completar 21 anos. Desde o dia em que voltei, 23 de julho de 2013, ate 13 de março de 2015, quase dois anos se passaram e todos achavam que meus pais haviam morrido em um simples acidente de avião com mais de 200 passageiros a bordo. Vivi dois anos em uma mentira, achando que havia sido um acidente, ate que um dia saindo da escola, um homem me abordou se passando por um maluco, colocou um pedaço de papel em meu bolso. Os seguranças que Malvino contratou para me proteger o afastou. Havia percebido na hora que ele colocou o papel no meu bolso, cheguei em casa e fui direto para o quarto. Desembrulhei o papel e nele dizia: Não foi acidente, seus pais eram os alvos. Não confie em ninguém. Foi como uma bomba, uma represa transbordando e finalmente as comportas foram abertas. Minha vida tinha um sentido novamente, as laminas negras que haviam sido esquecidas no fundo do armário, haviam ganhado um propósito, logo, logo iriam saciar suas sedes, logo, logo iriam saborear do plasma vermelho daqueles que iriam se tornar vitimas da minha Vingança de Sangue.”.
Michael, com 17 anos, olhos azuis esverdeados, cabelo mesclado em um tom de loiro e mel, pele clara, aparentava ter 20 anos, um físico anormal para a sua idade. Tomado por um forte desejo de vingança, mal conseguia se controlar sentado em sua cama com o bilhete em sua mão, o soltou, fechou os olhos e se concentrou em sua respiração, deixou toda aquela fúria do momento fluir, com um QI de mais de 170, Michael pensou e pensou.
- “Cheguei a pensar: Será que meus mestres já sabiam? Por isso me presentearam com as armas mais poderosas já forjadas? Ou, foi o destino? Desde aquele dia, eu treinei, agi normalmente perto de todos, fui as festas de caridades, completei 18 anos no dia 23 de julho de 2016, terminei o ano letivo facilmente, fui a formatura, interagi com todos que diziam conhecer os meus pais. Finalmente tive a chance que colocar as mãos em algo concreto. Em uma festa de gala na minha mansão dada pela a mulher de Malvino, uma megera que só se preocupa com joias, roupas e seu status social. Um dos acionistas da empresa de meu pai atendeu o celular, Lucas Gilbert, um afro-americano careca.”
- Recupere o pen-drive a qualquer custo, se aquilo vier a tona estamos ferrados... – Lucas tomava o maior cuidado para não ser ouvido próximo a escada para o segundo andar.
Michael podia ouvir tranquilamente a conversa anulando sua presença e se aproximando de Lucas.
- Então? Descobriu aonde ele esta? Ótimo , no Central Park, vou mandar mais gente... eu só quero o pen-drive, se livrem dela sem deixar rastros...
Lucas se virou ao sentir uma sensação de estar sendo vigiado, Michael já não estava mais ali, ele foi direto para o quarto.
- Lucas, Lucas... – Michael dizia a si mesmo abrindo o armário. – Será você o primeiro a sentir o corte de minha lamina? É claro que sim... afinal, a empresa de meu pai não foi feita para lixos como você...
Ele abriu um compartimento secreto atrás dos cabides de roupas.
- Sabia que valeria a pena assistir cada episódio de Smallville...
- “Sempre odiei verde mas, o uniforme é legal, parece dar uma ótima mobilidade. Só espero que não me confundam com o arqueiro verde, no local do arco e das flechas vai a espada, no peito fiz uma pequena modificação, é confortável, o Chakran encaixa perfeitamente e não cai e é fácil e rápido de pega-lo e coloca-lo. E também mudei a cor, fico melhor de preto e é claro, não posso esquecer dos óculos.”
Michael vestiu o disfarce, colocou a Katana nas costas, o Chakran no compartimento em cima do peito, os óculos e o capuz, as partes do disfarce que se diferem da cor escura da cor clara eram preto e chumbo. Ele foi ate a janela, a abriu e pulou e começou a correr como um ninja e ao mesmo tempo anulando qualquer vestígio de sua presença o permitindo passar pelos seguranças sem ser notado. Se aproximou do muro e sem hesitar, pulou, praticamente chegou a sumir por alguns segundo e reapareceu no outro lado do muro se sem parar continuou a correr. Correu ate uma rua movimentada, sem parar, pulou em cima de um carro e em seguida começou a correr na vertical em uma parede de um prédio, chegou no telhado e correu e pulou para o prédio vizinho, Michael correu sem parar, sem hesitar, sem cansar, ele atravessou a cidade. A lua cheia brilhava intensamente sob a cidade, já nos prédios próximos ao parque, ao pular em cima de um beco.
- Ah... – a mulher estava aterrorizada sob a parede sem ter pra onde fugir da meia dúzia de bandidos.
- Gracinha... vamos nos divertir a noite inteira.
- Por favor, me deixem em paz...!
- Óhhh... ela quer que a gente deixe ela em paz... – disse o que parecia ser o líder da gangue.
O sarcasmo, a ironia, deixavam ainda mais a jovem moça apavorada. Ele se aproximou dela, um vulto acima deles.
- O que foi isso? – perguntou um dos delinquentes.
Um vulto atrás deles, o líder se virou para ver do que eles estavam falando.
- Hei...! Quem é você? – perguntou o bandido.
Os outros se viraram.
- Alguém buscando justiça... – respondeu Michael com uma voz calma, séria e sombria.
- Que tal... – disse o bandido pegando a arma na cintura e se aproximando ficando a frente dos outros. – Você ir buscar justiça em outro lugar...?
- E eu vou... – disse Michael levantando a mão direita e pegando a espada por cima de seu ombro e começou a andar normalmente em direção aos bandidos. – Depois que eu acabar com vocês...
- Esta brincando comigo...! – disse o bandido alterado, ele apontou a arma e disparou. – Morra miserável...!
Michael levantou a espada normalmente, era como se tudo fosse em câmera lenta, o dedo do bandido soltando o gatilho, deixou a espada na vertical acima de seu peito. Michael não foi mais rápido que a bala, ele simplesmente antecipou milésimos de segundos antes do gatilhos ser puxado e isso lhe permitiu parar a bala literalmente com a lamina da espada. Ele esticou o braço para o lado segurando a espada, a bala estava amassada em cima da lamina.
- C-como...?! – o bandido estava pasmo.
Michael inclinou a espada e com um leve impulso de uns 3 cm a movimentou para frente. A bala sumiu e reapareceu ao atingir o revolver do bandido, a bala e o revolver caíram no chão, ele segurou o pulso ao sentir o efeito do impacto da bala.
- O que vocês estão esperando? – ordenou o bandido com um breve olhar de relance sob o ombro. – Peguem ele!!!
Ao olhar para frente novamente, Michael havia sumido.
- Onde ele esta?
- Você esta bem? – perguntou Michael guardando a katana na bainha em sua costa a jovem moça.
Os bandidos se viraram, a moça confirmou com a cabeça e os olhos cheios de lagrimas.
- Não se preocupe com eles, pode ir... – disse Michael a moça. – Confie em mim...
Com respiração pesada e agitada, a moça começou a andar, passou pelo bandido.
- Aonde você pensa que vai...?! – gritou o bandido levando sua mão ate a moça.
Ela fechou os olhos ao sentir o medo. Nada aconteceu, só ouviu um grito de dor, abriu os olhos, a mão do bandido estava a alguns cm de seu rosto tingida de vermelha. Eles já haviam sido derrotados o momento em que o bandido olhou de relance pelo ombro ao dar a ordem pra pegarem Michael, naquele mesmo instante, Michael usou os Passos Rápidos, uma técnica ninja em que o individuo libera por um breve momento todos os 100 % da capacidade de um ser humano de se movimentar rapidamente, 64 km/h, e junto com a habilidade de anular completamente sua presença e a arte de manusear a espada, Michael, aos olhos de todos, sumiu, aproveitando esta super velocidade, Michael os cortou e as feridas e os estragos nas roupas só apareceram segundos depois. Os bandidos caíram inconscientes no chão.
- Muito obrigado... – agradeceu sinceramente a moça.
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